terça-feira, 22 de abril de 2014

O PODER DA GRAÇA



Mas ide, dizei a Seus discípulos e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como Ele vos disse. Marcos 16:7


Pedro vira Jesus muitas outras vezes antes, em diferentes circunstâncias. Ele O tinha visto Se levantar e acalmar a tempestade com uma única palavra. Ele próprio fora resgatado quando afundava nas águas da noite tempestuosa. Pedro tinha visto Jesus estender as mãos e, com um toque, curar leprosos. Pedro testemunhara a cena em que Jesus tinha ressuscitado um morto, enterrado havia quatro dias. Estivera com Jesus no monte da transfiguração e vira Sua glória. Havia pessoalmente visto Jesus submetendo e expulsando demônios. Mas nada disso o havia convertido.


Agora, em imenso contraste, Aquele que repreendera os ventos, curara leprosos, ressuscitara mortos e fora glorificado no monte está ali, à sua frente, sozinho, sofrendo o abuso dos homens, acusado e desprezado. Na providência divina, o cantar de um galo chama a atenção de Pedro para Cristo, e os olhares se cruzam. Jesus tentara antes chamar a atenção de Pedro para conduzi-lo a uma compreensão realista de si, de sua autossuficiência e arrogância. Mas a tentativa não surtira qualquer efeito. Agora, é o olhar de Jesus que o toca e comove. Não há nenhuma repreensão ou acusação naquele olhar. Isso faz o que nada tivera poder de realizar. Esse é o poder inexplicável da graça. Mais bela e poderosa do qualquer outro recurso, a graça nos constrange, subjuga, persuade e transforma.


Certamente o olhar de Cristo alcançara Pedro, mas ele tinha que ser restaurado diante dos outros do grupo. Pedro ainda sente-se curvado sob um enorme fardo de vergonha e remorso. As mulheres vão ao sepulcro. "Ele não está aqui", diz um anjo (Mc 16:6). No verso seguinte, Pedro é nominalmente mencionado. Jesus queria encontrar-Se com ele. Como você acha que Pedro teria se sentido ao ouvir isso? Jesus, o líder extraordinário, estava erguendo Seu discípulo. Em 1 Coríntios 15:4 e 5, Paulo sugere que, antes de Jesus aparecer a qualquer outro, Ele teve uma audiência a sós com Pedro. Na privacidade desse encontro, Pedro teve a oportunidade de dobrar-se perante Cristo e pedir perdão por todos os anos de cegueira. E lá, só eles dois, Jesus restaura Pedro completamente. "Pedro, Eu o perdoo. Eu havia orado por você. Agora, vá e testemunhe de Mim."


Esse perdão e também esse desafio são colocados diante de nós hoje.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O PODER DE SUA RESSURREIÇÃO - PARTE 2


Para O conhecer, e o poder da Sua ressurreição, e a comunhão dos Seus sofrimentos, conformando-me com Ele na Sua morte. Filipenses 3:10


Grandes homens podem nos ensinar a morrer com dignidade, mas apenas Jesus Cristo nos ensina a morrer com esperança. A morte morreu naquela sexta-feira quando Ele pendeu a cabeça. O atestado de óbito da morte foi emitido, no domingo, quando Ele partiu seus grilhões. Afinal, o coro de milhões de vozes entoará um cântico que encherá o Universo com uma nota de desafio: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (1Co 15:55). Tragada para sempre terá sido a morte pela vitória.


A ressurreição de Cristo, como vimos ontem, é central, o fundamento da esperança cristã. Mais ainda, ela é confortadora; os que dormem nEle não estão esquecidos pelo Senhor. Além disso, a ressurreição constitui um desafio. Ela nos deixa com a tarefa de "contar a história". Essa foi a primeira missão das mulheres que ouviram da ressurreição. Esse magnífico evento deve criar em nós o desejo de partilhar com os outros o seu poder, que subverte os poderes da morte. Em nossos encontros, em geral, falamos de tudo: economia, esportes, clima, pratos prediletos, entre outras coisas. De alguma forma, contudo, permitimos que o mundo nos convença de que religião é algo de caráter "privado", e deveríamos silenciar em relação a ela. Mas Deus colocou no DNA humano a busca de significado, o desejo de uma conexão com o transcendente. A certeza de que Cristo ressuscitou deve operar em nós uma ressurreição similar, trazendo nova esperança e novo poder.


Finalmente, as boas-novas da ressurreição significam poder. Tal poder levou a igreja primitiva a sair de seu esconderijo, abandonando o medo e a perplexidade. Como afirma o texto de hoje, Paulo passou a viver no poder da ressurreição. Jesus havia voltado da morte. Para nós, como para aqueles primeiros cristãos, há poder para viver com confiança. Existe algo no que esperar, em que nossa busca por permanência, afinal, é satisfeita plenamente, em meio ao caos da presente era. Assim como todos morremos no primeiro Adão, os que O recebem vivem no Segundo Adão. Aleluia, glória ao Cordeiro que foi morto e vive! Há poder para vivermos livres das dúvidas, do medo e das forças que nos oprimem. O poder da ressurreição representa libertação, certeza da vida eterna, triunfo sobre a solidão.

domingo, 20 de abril de 2014

EX-TRAFICANTE FALA DO PODER DA ORAÇÃO INTERCESSORA


Brasília, DF … [ASN] Ao ser apresentado na Igreja Adventista do Guará, no Distrito Federal, a história do motorista Antônio de Souza Filho, 40 anos, surpreende a congregação. Afinal de contas, não é todo dia que se testemunha uma prova viva de oração intercessora como a desse homem, casado, pai de três filhos, e que mora em São Paulo. Por 18 anos, sua mãe orou por sua conversão e, segundo ele mesmo diz, aos olhos humanos era improvável que ele, Tonico, como é mais conhecido, sobrevivesse em meio a uma vida absorvido por drogas, criminalidade e distanciamento de Deus. O ex-traficante e assaltante falou de sua conversão durante o primeiro dia de uma semana especial apresentada pelo consultor Fernando Lux nessa congregação no sábado, 19, à tarde. O programa de mensagens bíblicas e testemunhos vai até o dia 26, mas a reportagem da ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) conseguiu conversar com Tonico rapidamente enquanto ele era levado de volta ao aeroporto para retornar à capital paulista logo após ter dado seu testemunho.

ASN – Sabemos que sua história é bastante longa, mas como foi sua infância, adolescência e juventude?

Tonico – Eu nasci em 1974 em Minas Gerais, mas fui criado em São Paulo capital no Jardim Ângela, o berço da criminalidade. Minha infância foi um tanto sofrida. Fui criado em um berço espírita e meu pai, por ser macumbeiro, achava que o que ele fazia era o certo de nos levar para os centros. Às vezes, eu me embebedava e fui criado ali naquele berço de destruição. Minha mãe era católica e meu pai espírita, então a gente ia nos dois lados. E de repente, um dia, alguém falou para o meu pai sobre Jesus, alguém chamou meu pai e disse que ele tinha de mudar os comportamentos se quisesse ser feliz e próspero. E o meu pai aceitou um estudo bíblico e ele se converteu e, ele se convertendo, levou minha mãe que levou meus irmãos. Mas eu não quis nada com a igreja. Eu muito rebelde, muitas vezes achando despachos de macumba em encruzilhadas, eu me prostrava diante aquilo e comia o frango e bebia as pingas (bebida alcoólica colocada geralmente nessas oferendas) que eu encontrava. Tudo aquilo eu achava que era o certo, que era uma força maior que dominava. Fui crescendo em meio a tudo aquilo e de repente um dia comecei a experimentar drogas. De drogas leves fui indo às pesadas a ponto de que, aos 14 anos, ter sobrevivido a duas overdoses de cocaína. E a vida era assim.. não via perspectiva de um homem próspero e de futuro. Na vida eu só via derrota.

ASN – E você acabou levando você à criminalidade precocemente. Fale um pouco disso e como você se libertou?

Tonico – Fazia parte de uma quadrilha de 80 homens, moleque, ainda novo, participei de vários assaltos, muitas vezes envolvido em muitas mortes mesmo. Muitas famílias sofrendo devido a tudo aquilo. De repente de usuário de drogas eu virei traficante, tinha algumas “bocas” (controlava alguns pontos de vendas de drogas), andava todo arrogante, prepotente, cheio de ouro no pescoço e nos braços, achava que era o dono da razão. E ali, muitas vezes, a Polícia querendo matar. Minha cara passou na televisão, muitas vezes, como procurado. Mas só que nesse meio tempo minha família tinha conhecido a Igreja Adventista e minha mãe e meu pai se empenhavam muito, junto com meus irmãos, em orar por mim. Eu faço parte de uma família de sete irmãos, cinco homens e duas mulheres. Então eles orando muito por mim, pedindo para Deus ter misericórdia. E Deus começou a fazer alguns livramentos a ponto de eu ter tomado tiro e não ter morrido. Alguns acidentes, muita perseguição a ponto de eu ter ido parado em um presídio.

ASN – E depois?

Tonico – Parei em um presídio pequeno, do presídio pequeno fui parar no Carandiru no Pavilhão 9 (foi uma das maiores penitenciárias da América Latina onde ocorreu um massacre de 111 presidiários, em 1999, e Tonico estava ali e foi um dos sobreviventes) e do Pavilhão 9 fui para o Presídio de Segurança Máxima Presidente Venceslau no interior de São Paulo. Ali não tem perspectiva de fugir. Passei coisas piores lá dentro a ponto de guerrear com outros inimigos, mas Deus já estava com o plano Dele traçado para minha vida. Já não era plano de Deus eu morrer sem salvação. E a minha mãe com meus irmãos perseverando na oração. E de repente ali minha mãe me ofereceu uma Bíblia, eu aceitei e eu li essa Bíblia toda em meses, mas não entendia nada porque lia de qualquer jeito. Mas, na segunda vez, minha mãe me instruiu a orar a Deus, a pedir a Deus para me dar uma oportunidade. E eu passei a ler a Bíblia toda de novo; eu li a Bíblia em 1 ano e 7 meses e ali eu comecei a ver que Deus estava mudando meus comportamentos. Porque eu já não usava mais drogas, já tinha parado de usar drogas, já não gostava mais de confusão e era mais reservado. E em um determinado dia, quando eu terminei de ler a Bíblia, eram 6 horas da manhã, quando o guarda abriu a cela ele me falou que minha liberdade tinha chegado. A minha pena estava chegando a 360 anos, então eu não tinha perspectiva de sair antes dos 30 anos (tempo máximo para cumprimento de pena no Brasil). Eu fiquei somente oito anos preso.

Todo mundo pergunta para mim: “como você veio embora?”. Eu digo: “vai perguntar para Deus”, pois eu não tenho explicação para isso não sei explicar como eu saí daquele lugar. Se quiser saber a resposta é se converter a Deus e ver o que Ele faz. Hoje eu estou oito anos dentro da Igreja, a vida transformada, a família transformada, feliz, hoje eu não vivo com luxo, sou um assalariado, mas Deus cada dia me dá minha porção, vivo à base de lutas, mas eu sei o Deus que eu sirvo hoje, que é o Deus da vitória. Pois o deus da derrota ficou para trás. Ele é derrotado desde o início, vai ser até o fim, mas não desiste.

Sou fruto da oração intercessora, durante 18 anos minha mãe orou por mim e intercedeu junto a Deus por mim. Eles prenderam meu corpo, mas não sepultaram minha alma. Cercaram meus passos, mas não corromperam meus sonhos; eles foram apressados em apontar meus erros, mas nunca imaginaram que um dia eu teria êxito; eu sofri, mas a dor me fez crescer. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

O PODER DE SUA RESSURREIÇÃO - PARTE 1



E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 1 Coríntios 15:17


Na penumbra que conduzia à sepultura, as mulheres que iam visitá-Lo, no domingo cedo, provavelmente se apegavam a uma tênue esperança. Um perfume distante de lírio, mirra e aloés enchia o ar. Os lençóis que O haviam envolvido estavam marcados por manchas escuras de sangue. Do interior, contudo, vinha uma torrente de luz, como um sol que nasceu para nunca mais se pôr. "Ele não está aqui." As palavras do anjo ecoaram como a voz de mil trombetas. Jesus voltara da morte. "Meu Senhor, que manhã!", diz o hino negro spiritual.


A ressurreição de Jesus é a mais estupenda antecipação da fé. Não mais sofrimento nem derrota. Não mais separação. Nossas palavras são incapazes de capturar esse momento. John Masefield conta a história de uma mulher viúva que presenciou a execução de seu filho. Tudo o que lhe resta então é orar. E sua oração centraliza-se na esperança da vida eterna: "Preciso de repouso [...]. Repouso das coisas quebradas. Coisas tão partidas para serem consertadas." Apenas o Deus da ressurreição é adequado para as coisas partidas que desafiam consertos. Abraçar a ressurreição de Jesus é crer na presença de uma realidade maior que a vida, capaz de iluminar o presente e o futuro.


A respeito da ressurreição, os cristãos creem em quatro verdades revolucionárias. Duas delas serão consideradas a seguir. As outras duas serão vistas no texto de amanhã. Primeiramente, ela é central, como afirma Paulo (1Co 15:16-19). Sem ela, tudo seria escuridão e morte. O desespero teria a palavra final, e nossa pregação seria loucura. Foi a ressurreição que projetou a igreja e levou o Novo Testamento a ser escrito. Ela confere credenciais à pregação. Confere poder para realizarmos obras de amor e compaixão 
em nome de Cristo. Se não cremos nela, não somos Seus discípulos.


Em segundo lugar, a ressurreição é confortadora. Sem ela, na presença da morte, não veríamos significado em nada. O apóstolo Paulo afirma que Jesus é "as primícias dos que dormem" (1Co 15:20). Ele é o penhor da vida para todos os que adormeceram nEle. Esta é nossa confiança e nossa certeza, nossa fortaleza e refúgio. Ao depositar nossos queridos, amigos e parentes na sepultura, ainda podemos cantar. As palavras de Cristo ressoam em meio à dramática realidade: "Porque Eu vivo, vós também vivereis" (Jo 14:19). Porque Ele vive, a morte não é o ponto final.

sábado, 19 de abril de 2014

SEU LUGAR JUNTO À CRUZ



E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-Lhe a cruz. Marcos 15:21


Os dias de Sua popularidade estavam no passado. Depois da ceia naquela quinta-feira, Jesus começa a sentir a intensidade e o peso do pecado, como substituto do homem culpado. No Getsêmani, Ele antecipa os horrores da segunda morte. Grossas gotas de sangue brotam dos poros, em resultado da extrema angústia. Sua convulsão é testemunhada apenas pelo silêncio das velhas oliveiras. Sua hora chegou! Preso, é submetido a cinco julgamentos irregulares, sob acusações ridículas. A essa altura, Jesus já deveria estar em estado crítico: sem alimento, água, em pé por muitas horas, esbofeteado, açoitado, coroado de espinhos. Finalmente, colocam sobre Ele a cruz (Jo 19:17), pelo menos a haste horizontal (patibulum), com um peso que podia variar de 15 a 30 quilos. Isso se prova muito para ele.
A caminho do Calvário, grandemente enfraquecido, a pele e os músculos dos ombros dilacerados, Jesus cai. A multidão O aperta.

Nenhuma fisionomia amiga. Os discípulos haviam fugido. Deus abandonado por Deus! Um homem que passa, talvez parando por curiosidade para ver a causa da comoção, é subjugado por mãos rudes e obrigado a tomar a cruz. Qual teria sido a reação inicial de Simão? Seu olhar se cruza com o olhar do Condenado. Simão observa melhor Seu semblante pálido, hematomas nos olhos, lábios inchados, fios de sangue ressecado marcando Sua face. No Homem, há algo que prende sua atenção. Ellen White sugere que Jesus nunca parecera tão belo, com a dignidade de um rei no trono.


Simão ligou-se ao drama do Universo no momento em que as portas do Céu se fecharam, impedindo que os anjos interviessem em missão de socorro. Quem era o homem ao lado de Cristo? Um judeu da diáspora, um prosélito que fora a Jerusalém para a Páscoa, como tantos outros (At 2:10)? Qual a impressão final do Calvário sobre ele, que inicialmente era apenas um curioso? Certamente o Espírito Santo lhe iluminou a alma. Seu testemunho alcançou depois a família. Por que haveria Marcos de mencionar seus filhos, Alexandre e Rufo, não fossem eles conhecidos na igreja de Roma, como indicado em Romanos 16:13? A história de Simão é representativa. Ela é um convite para nossa identificação com a cruz. Depois disso, nunca mais seremos os mesmos.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

BARRABÁS



Naquela ocasião, tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás. Mateus 27:16


Os quatro evangelhos fazem referência a Barrabás, uma figura misteriosa que surge em conexão com o julgamento de Cristo. A tradição a seu respeito é reticente. Prisioneiro, ele aguardava a execução. Desejando libertar Jesus, talvez influenciado pela mensagem de sua esposa, Pilatos sugere uma escolha entre os dois: Jesus ou Barrabás? Ele é colhido por uma estarrecedora surpresa: "Solte-nos Barrabás", grita a multidão.


Qual é a razão para uma escolha como essa? Os líderes religiosos daquele tempo sabiam que poderiam prender Barrabás novamente, quando necessário. Mas como poderiam silenciar alguém como Jesus Cristo? Como parar um Homem que, sem qualquer arma, representava um perigo revolucionário capaz de subverter o judaísmo e todo o Império Romano? O que fariam com Alguém cujas armas eram Suas novas ideias sobre Deus e as pessoas, capazes de explodir as velhas categorias religiosas? Barrabás poderia explorar seus conterrâneos, mas ele não ameaçava governar a vida de ninguém. Por outro lado, Jesus apresentou um reino que governa de dentro para fora. Sem imposição, conduz a uma lealdade superior à vida e à morte.


Naquela tarde da Páscoa, três ladrões, talvez do mesmo grupo, deveriam ser crucificados: Dimas, Gestas e Barrabás. Barrabás é liberto no último instante, e Jesus é crucificado em seu lugar. Aqui nós temos a mais perfeita ilustração do princípio da substituição. A história de Barrabás é a história da salvação por meio da morte de Jesus Cristo. Seu nome, "Bar Abba", significa "filho do pai". Como ele, todos nós, filhos do pai Adão, somos culpados de rebelião e sedição contra Deus, ladrões de Sua glória, assassinos de nós próprios e de outros, prisioneiros do pecado. Barrabás, no corredor da morte, apenas aguardava a execução. Ele deve ter olhado para as palmas de suas mãos, imaginando como seria a dor dos cravos rasgando a carne, dilacerando a cartilagem e os ossos. Ouviu então o sinistro barulho da chave abrindo a pesada porta de ferro. Ouviu os passos dos guardas. "Chegou minha hora", pensou. Sua cabeça estava pesada e confusa.

Parecia até ouvir seu nome gritado por enorme multidão. Ainda não sabia exatamente o que estava acontecendo. Abismado, ouviu que estava livre: "Pode ir para casa."


Isso é substituição: Jesus tomou nosso lugar. Ele foi feito pecado para que sejamos feitos justiça de Deus.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O INCOMPARÁVEL JESUS CRISTO



E toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:11


O impacto de Jesus sobre a história e a vida de homens e mulheres é inigualável. Muitos governantes, líderes militares, políticos, gênios, artistas, filósofos e teólogos vieram e se foram. Alguns entraram para a história. Mas todos eles estão soterrados nas areias do tempo. Apenas Cristo permanece tão atual como o jornal que vai sair amanhã. Sua pessoa inspirou milhares de livros e músicas. Seu lugar entre todos os nomes é insuperável.


James Allan Francis escreveu uma belíssima página sobre Jesus Cristo, com o título "Uma Vida Solitária":


"Ele nasceu numa vila obscura, filho de uma camponesa. Cresceu em outra vila, onde trabalhou numa carpintaria até os 30 anos. Então, por três anos, foi um pregador itinerante. Nunca escreveu um livro. Nunca assumiu qualquer posição. Nunca teve uma família ou possuiu uma casa. Ele não cursou uma faculdade. Nunca visitou uma cidade grande. Nunca viajou mais de 350 quilômetros além do lugar onde nascera. Não fez qualquer uma daquelas coisas que normalmente associamos com grandeza. Tinha apenas 33 anos quando a maré da opinião pública se ergueu contra Ele. Seus amigos O abandonaram. Foi entregue aos inimigos e suportou o escárnio de um julgamento injusto. Foi pregado numa cruz entre dois ladrões. Enquanto morria, Seus executores disputavam Seu manto, Sua única propriedade. Depois de morto, foi colocado em um túmulo emprestado pela piedade de um amigo.


"Dezenove séculos vieram e se foram. Hoje Ele permanece como o personagem central da humanidade, o líder de todo avanço humano. Todos os exércitos que já marcharam, todos os navios que já navegaram, todos os parlamentos que já se reuniram, todos os reis que já reinaram, colocados juntos, não tiveram sobre a vida dos homens neste planeta o impacto que teve essa única vida solitária."


De muitas maneiras, Seus inimigos têm tentado transformá-Lo em um mito e descaracterizar Sua identidade exclusiva. Filmes e canções irreverentes, produtos da ficção humana, surgem de tempos em tempos. Nisso eles não ficam muito longe dos Seus inimigos clássicos: Anás, Caifás, o Sinédrio, Herodes, Pilatos, fariseus e saduceus. Mas Jesus permanece e tem a última palavra sobre a vida e a morte. Seja hoje uma testemunha dEle, onde você estiver.